sábado, 16 de julho de 2016

Conheça alguns riscos da carta de consórcio contemplada


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Conseguir um bem, como a casa própria ou um bom carro, entre outras possibilidades, é sempre o objetivo de muitas pessoas. Morar perto do trabalho, por exemplo, e ter maior qualidade de vida é uma preocupação de quem está procurando formas de adquirir o seu imóvel. Nesse esforço, partir para um financiamento nem sempre é a opção mais atrativa devido aos altos juros que às vezes pode representar.

Nessas horas é que muitos voltam a atenção para uma alternativa que, em determinadas condições, pode ser muito interessante: o consórcio.
 
Mas é aí que algumas pessoas podem correr alguns riscos: existe a chamada carta de consórcio contemplada. Contudo, para que você entenda com mais facilidade o que é isso e quais os cuidados que se deve tomar em relação à oferta, preparamos este post com algumas explicações importantes! Confira a seguir.

Afinal, o que é uma carta de consórcio contemplada?

É a carta de crédito que já foi contemplada - por sorteio ou lance - e que dá direito do consorciado de receber o valor escolhido em contrato para investir na compra de um imóvel, por exemplo. 

Existem basicamente dois tipos de possibilidade de uma carta que está sendo paga ser contemplada: um sorteio aleatório ou um lance (por exemplo: a parcela do consórcio é de R$ 1.000 e em determinado mês foram dados R$ 10 mil; então, nesse lance, com a apresentação de um valor maior que o habitual, o participante consegue ser contemplado). Em casos assim, muitas vezes, o consorciado que ganha o direito de utilizar o dinheiro (por exemplo, de uma carta que vale R$ 300 mil) desiste de dar andamento ao projeto ou quer dinheiro rápido em mãos, colocando à venda essa carta para que outra pessoa o ressarça e continue pagando, mas já podendo comprar alguma coisa sem precisar esperar a contemplação.

Principalmente quando o dinheiro não está sobrando, muitas pessoas se veem tentadas a partir para essa opção. Afinal, com ela parece ser possível não pagar os juros de financiamentos convencionais na compra de um imóvel e já poder resolver a situação de imediato, sem maiores problemas. No entanto, não é bem assim na prática. Veja adiante o porquê.

Cuidados antes de comprar uma carta

1. Confiabilidade quanto à origem

Ainda que a venda da carta de consórcio contemplada seja prevista legalmente, não há como ter certeza, logo de cara, que o vendedor é confiável ou que está fazendo algo da maneira certa, por exemplo, para que não haja equívocos no processo e prejuízo a uma das partes — mais provavelmente a você, como comprador.

Por isso, é importante observar alguns cuidados, como verificar com a administradora se a carta realmente existe e se realmente foi contemplada. Se o golpe estiver aí, no melhor dos casos a carta pode ser real, mas a contemplação não, então você corre o risco de comprar e depois, mesmo que toda a transferência seja feita, ter de esperar do mesmo jeito ou ter condições de dar lances bons para antecipar o período em que ainda não foi contemplado.

2. Autorização para ser comercializada

Outro ponto importante é conferir se a administradora é autorizada pelo Banco Central a emitir cartas de crédito, pois existe uma mínima chance de o vendedor ter caído em um golpe e nem saber, repassando — ainda que sem consciência disso — o problema para você.

Além disso, é preciso atentar para o contrato e suas cláusulas, que nem sempre são exatamente aquelas que ouvimos comentar. Fique de olho nas taxas administrativas e nas parcelas restantes do consórcio, para não cair no risco de comprar achando que terá de arcar com um valor no mês e depois descobrir que o valor mesmo é totalmente diferente do que pensava, podendo colocar tudo a perder caso não tenha condições de dar continuidade.

3. Regras para utilização

Aqui é importante lembrar que cada administradora pode impor algumas condições para uso do crédito e você precisa conhecê-las. Não ter conhecimento disso pode colocá-lo em risco de não conseguir executar o projeto que queria com a carta da forma esperada ou até mesmo que o seu bem adquirido com ela — como uma casa —  fique sob garantia da administradora até tudo estar quitado. Sem contar que, se estiver prevista alguma restrição para a compra de bens na carta de crédito — como imóveis com pendências em algum tipo de documentação —, você pode não conseguir fazer o que queria com esse dinheiro.
Outro sério risco — e talvez o maior — é o de transferir dinheiro para uma pessoa sem antes ter tudo isso resolvido.

Por fim, mesmo que tudo seja checado, há sempre alguns riscos na tentativa. Nunca o processo será tão claro e visto com tranquilidade como quando se faz o início em um grupo de consórcio desde o começo, bem assessorado por uma empresa competente e com a garantia de estar tudo certo, feito por intermédio de uma instituição administradora confiável, que o assistirá em todas as etapas. O que fazer então?

Após compreender esses fatores, note que esse tipo de modelo de compra de carta de consórcio não é indicado por especialistas, pois aumenta as chances de golpe e coloca o comprador em uma situação de vulnerabilidade. O ideal, portanto, é dar preferência a empresas especializadas, as quais podem oferecer garantias quanto à procedência do consórcio, às condições especificadas em contrato e ajudar no caso de quaisquer dúvidas que você tiver a respeito desse procedimento.

Com uma empresa especializada, que trabalhe somente com aquelas devidamente autorizadas pelo Banco Central e consórcios confiáveis, você não corre nenhum risco de fazer negócios com “estranhos” nem de cair em golpes ou prejuízos ainda que não tenham sido intencionais.

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